O post passado foi repleto de realeza e pensei cá para mim, “ora este era um assunto muito interessante para se discutir e para tentar tirar o blog da categoria de possidónio em que encontra”. Bem, na realidade não é, mas há falta de melhor continuarei a bater no ceguinho, que não me parece que vossas excelências se vão divertir se eu começar a dissertar sobre a importância do senhor Pearson na minha vida e a tristeza que é sonhar com o qui ao cubo.
De qualquer maneira, e como o meu conhecimento do Jet Real é muito limitado, resolvi dissertar sobre outro tipo de princesas, mas que estão mais inseridas dentro do meu rol de conhecimentos fúteis.
Não, não vou escrever sobre a quantidade de Rappers que cantam sobre princesas numa banheira de espuma com a Merche em pêlo, realmente o meu conhecimento neste tipo de princesas ainda é mais limitado do que a vida sexual da Carolina do Mónaco, como fui, e bem, corrigida na antiga dissertação.
Venho aqui falar, mal obviamente, das princesas da Disney. Sem perder mais tempo… desde quando é que as princesas cheiram a peixe? Inventar uma princesita dos fundos do mar que anda com a barbatana aos saltos por um príncipe que só viu numa estátua…. Não me venham com histórias de mimir, que eu cá não ando a comer gelados com a testa!
Mas que espécie de mensagem vai isto passar às nossas crianças? Abandonar o pai e as irmãs por causa dum príncipe de meia tigela que nem sabe nadar? Confiar numa gaivota que acha que os garfos servem para pentear o cabelo? Arriscar a vida do melhor amigo, o linguado, só por causa dos seus quereres? E confiar numa lula? Mas… mas quem é que confia numa lula que tem como cães duas enguias eléctricas? Via-se pela proporção dos apetrechos da senhora que ela não era de confiança… até cantou uma canção sobre isso… mas parece que a nossa princesa além de parva, era surda.
E nem me venham falar da tanga da voz… então a criatura aceita trocar a voz pelas pernas e depois chega lá e precisa dum caranguejo que explique as coisas ao senhor? Não sabe escrever… desenhar…. Fazer mímica… usar a linguagem gestual…. E que príncipe é este meu Deus do céu que se apaixona por uma voz? Então mas agora isso tem alguma utilidade… é ridículo pensar que o senhor se ia casar com uma, a voz muda de sítio e o menino vai a correr atrás da outra…
Então e que pai é esse que não dá dois enxertos de verdascadas na barbatana daquela adolescente? Onde é que está a autoridade? Ai, a menina quer o principezinho, o papá arranja!
E nem me venham com as histórias de gatas borralheiras e Cinderelas que nem lá perto falam de abuso de menores, escravidão e maus tratos…
Onde é que está o pai da criatura que a deixa sozinha com gente que ela nunca viu? Mas e se vos tratassem mal e vos obrigassem a trabalhar, não iam fazer com que aquelas megeras acordassem com sal na cama todos os dias e a beber arsénico à hora do chá? O que é a menina faz? Conversa com ratos…
Aparece a fada madrinha e já que tem direito a um desejo em vez de pedir que a tire daquela vida, não… quero antes um sapatinho de cristal e uma abóbora para me levar ao baile, diz que é moda….
E essa do baile é outra. Então uma pessoa muda de vestido, toma um banhinho de loja e já ninguém a conhece?
E o príncipe já morria… então apaixona-se pela miúda e só lhe fixou os pés? Não lhe olhou nas fuças para depois ir à procura dela? …. Tem que usar o sapatinho para ver onde encaixava… e onde é que já se viu ninguém mais calçar aquele número….só 38 como eu deve haver à patada… (que piada espectacular).
Bem, a Jasmime podia estar pior. Tem o tigre como bicho de estimação, o que está politicamente incorrecto, mas recusou o Principe Ali, sem se interessar pelo dinheiro… mas também pudera, com um casarão daqueles tinha o que queria e ainda devia satisfazer-se com os jardineiros, daí que não precisasse de mais nada.
Então o rapazito oferece-lhe uma viagem de tapete e a menina cedo logo? Mas que gente mais fácil…E aqui passa-se a mesma histórias dos bailes. Ela conheceu o Aladino de colete, ele aparece-lhe vestido de branco, tal Roberto Leal, e ela já não o conhece?
Eu do Jafar nem comento… só aquela perinha, já merece que morra. Não é por ser mau e torpe…. é mesmo aquela pêra amaricada!
Agora a Branca de Neve…. Essa história de viver com 7 homens mas não ser uma mulher fácil….Está bem está… Eu só tenho um nome para isso: Rameira!
Não, não é preconceito. Como é que acham que ela pagava a renda? Era a fazer as caminhas pequeninas? A mim não me convence.
Então mas que mania têm as madrastas que se vêm que as enteadas são mais bonitas que elas mandam-nas trabalhar? Então mas isso tira beleza a alguém? Que ideia bonita… quem trabalha fica mais feia. E essa de falar com espelhos só me leva a crer que andava ali muita droga… a senhora emborcava o caldeirão às escondidas que eu sei.
Eu pessoalmente acho que a Rainha era mais bonita… mas eu gosto de mulheres com poder. As sonsas das princesas não me comovem. Se eu tivesse lá para levar a auto-estima à senhora nada daquilo tinha acontecido, porque o problema foi mesmo esse, falta de ouvir coisas bonitas. Eu também estou aqui estou a distribuir maças envenenadas a quem encontrar na rua a ver se termino com elas todas.
Os anões, apesar de pequeninos, todos eles representavam uma característica dos homens, ora no fundo a Branca de Neve (mas quem é que tem nome de farinha?) vivia com um homem Zangado; preguiçoso (Soneca), doente (Atchim), choramingas (Dengoso), que não fala (Dunga), Feliz (quando o Benfica ganha) e Mestre (com a mania que sabe tudo). E quem não?
E quem é que, no meio duma floresta, aceita comida de estranhos? E uma maçã… Então a menina não tinha comida em casa? “Olhe vizinha, obrigadinha mas já almocei”… não… “venha daí uma leguminosa que toda eu sou fome” (sim, eu sei que a maçã não é uma leguminosa, mas o post é meu e eu digo o que eu quiser).
E aqueles anões tinham um humor negro muito subtil. Fazer um caixão de vidro e deixá-lo em exposição? Não sabem que os corpos se decompõem? Não era uma imagem bonita de se ver.
A moral destas histórias todas é sempre a mesma, um beijo resolve tudo. A princesa está morta, vem o príncipe e ela acorda. Muito bom defunto havia de apreciar algo assim.
Por acaso ando aqui com uma azia, a ver se chega um príncipe num cavalo alado para me tirar o mal estar….
Da Pocahontas e da Mulan não há muita coisa a referir pois são exemplos bonitos da força das mulheres e acho que isso sim, é um exemplo a dar às nossas crianças, e reparem que nenhuma é loira.
Bem, não gostei da Índia ter ido morar para a cidade grande… era muito mais meigo se ele tivesse ficado. Agora levou-a para casa em que ela não pode nadar, nem correr contra o vento e isso mostra um egoísmo muito grande da parte dele e uma estupidez da parte dela. Se ele gostava tanto ele que ficasse que era muito mais natura viver ali, no meio do verde, a comer raízes.
A Mulan é espectacular, basta ser parecida comigo. Sim senhora, aquilo é que é mulher. Podia referir o facto de ninguém ter percebido que ela era uma mulher, mas isso só mostra uma vez mais o quão tapadinhos são o homens. E não é a única a fazer isso, a Papisa Joana por exemplo enganou o clero inteiro durante anos… foi preciso o papa parir à frente daquela gente e mesmo assim, alguns acharam mais lógica a explicação de estar possuído do que ser uma mulher. A Mulan está aqui... (no peito).
Agora de quem não podem falar mal que eu não admito, porque parto já aqui para ignorância, é da Bela. A Bela é sim senhora uma mocinha de qualidade que merece todo o respeito e compreensão.
A senhora cagou completamente na cabeça do Gastão que tinha mais mania naquele cú que pelinhos. Não se interessou por aquela caracterização do homem comum e queria era ler, instruir-se e sair daquele fim de mundo.
Quando o Monstro a prendeu ela lá ficou rendida pelo luxo? Não… Teve medo dele? Não… ela gritou, bateu a porta e cagou-lhe na cabeça também, mas não quando ele mais precisou… porque apesar de ter garras e caninos afiados ela tratou dele e foi amiga. Ela apaixonou-se por ele, apesar de toda a aparência felpuda, viu mais além!
E qual foi a prenda que ela mais gostou? Um sapatinho? Um vestidinho? um cuzinho lavadinho? …Uma biblioteca… Meu Deus, uma Biblioteca… Isto não é totalmente não fútil e um exemplo fantástico?
E o facto do mau da fita ser um homem… recalcado, e não uma mulher que quer matar a outra só porque é mais bonita, já lhe dá clara vantagem.
Realmente “o Mundo é composto de mudança” e isso vê-se muito bem na evolução das princesas e dos conceitos que pretendem ensinar.
A Disney é um mundo maravilhoso que tem muitas lições bonitas, apesar de ainda hoje ninguém conseguir ver o Bambi sem querer suicidar-se de tristeza. Mas também há ali muita coisa estereotipada que subtilmente pode levar a preconceitos… mas isso sou eu, que vejo maldade em tudo, até na relação entre a Mulan e um dragão comprido.