23 janeiro 2013

inté...


Dentro de aproximadamente 24h estarei no aeroporto de Lisboa a embarcar para o continente Africano.

O quê? O meu anterior post sobre escorrimentos vaginais não fazia adivinhar uma eventual viagem para um sítio quente, húmido e encaracolado?

Isso é porque vocês deixam muito pouco à imaginação e só por causa dessa deviam imolar-se pelo fogo...
Mas assim, a bem da verdade e da realidade, que nem sempre é valorizada neste cantinho, nem eu própria sabia.

Em menos de um mês a minha vida deu uma volta sobre si mesma, rebolou-se ao contrário, esbarrou na parede umas quantas vezes e agora estou meio Alzheimica: não sei quem sou, nem para onde vou, nem com quem vou...

Mas pronto. Não há-de ser nada. Há que ir.

Há tanto tempo a desejar sair, ir embora, fazer alguma coisa, arranjar trabalho longe, ter novas experiências... Agora que veio, custa um bocadinho a ir.

Foi tudo muito rápido, e preparar uma viagem para África não é o mesmo que para Cuba do Alentejo e por isso ainda não parei, ainda não respirei e este tom arroxeacho, apesar de ficar lindamente com os meus olhos, acaba por ser desagradável.

Irei, 6 meses por enquanto, trabalhar na magnífica ilha do Príncipe, fazer a gestão ambiental dum resort, com ordenado, cama e comida.

Até aqui a coisa parece boa. Mas desconfio. Desconfio sempre que alguma coisa é demasiado boa. Hum...
Mas vejamos...

Por enquanto, e porque foi tudo super rápido, irei com um visto de “homem de negócios” que implica que fique apenas por 90 dias, seguido de uma rápida deslocação a outro país Africano para depois voltar... Ora ser homens de negócios não me parece mal, acho que me assenta bem o estatuto e tenho buço para tal... fazer outra viagem a outro país do continente só para bater o ponto, também é razoável, há aeroportos bonitos... por isso, se virem a minha cara nos jornais como “portuguesa detida com catrefadas de drogas na bagagem em África” não se admirem... é porque a coisa era mesmo boa demais.

Mas tou com fé. Apesar daquela relutância em sair de casa, deixar quem amamos por longo tempo, deixar o meu Puffy Emanuel com um aperto no peito, deixar a minha casinha, o ginásio... deixar assim a vida com que estava confortável (mas não feliz) nos últimos tempos e ir.... susta sempre.

Odeio fazer malas. Odeio empacotar num recipiente definido aquilo com que estou confinada em 6 meses...não gosto mesmo...é demasiado limitado... é demasiado finito...

Mas está feita. Amanhã lá estarei.

Espero voltar.

Depois de enfardar comprimidos anti-maláricos como se fossem rebuçados porque achei que a toma semanal era diária e por pouco não explodi o fígado é um começo auspicioso... E como acredito que metade dos antibióticos que tomei me escorreram pelo braço quando fui vacinada, acho que é uma viagem promissora a coisas boas..

Agora a sério. Até mais do que não apanhar doenças... aquilo que eu mais desejo, mais do que tudo, mesmo, mesmo, mesmo... é não engordar...

A banana frita diária parece-me pouco diética... Pode ser impressão, deixa ver.

Se deixar de aparecer nas fotos é porque deixei de lá caber.

Depois vou dando noticias.

Abraço quente e anti-biótico.

1 comentário:

  1. Estou aqui a torcer para que tudo corra bem e para que continues a caber nas fotos. Só assim poderei ver de vez em quando a "caramaisbonitaqueapenelopecruz". Manda notícias sffv.

    Abraço frio e anti-gripal.
    Gypsy

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