03 outubro 2008

PMSC e outros síndromes que tais...


Começo a preocupar-me com determinados síndromes que sempre achei que estariam associados à minha beleza natural, mas que afinal, são resultado de um problema psicológico grave.

Não que isto seja novidade para alguém, todos aqueles que já conviveram comigo o mínimo indispensável, conseguem perceber que há algo nesta cabecinha que não está bem, ou … vá lá… poderia estar melhor.

As minhas desculpas de que “Eu sou assim, eu nasci assim, serei sempre assim, Gabriela” começam a não fazer sentido e sinto que realmente preciso de ajuda.

Um dos síndromes aos quais me refiro desenvolveu-se depois de tirar a carta de condução e tem vindo a evoluir à medida que melhoro as minhas capacidade de condutora e os meus reflexos. Chamo a esta doença, que tem piorado drasticamente ao longo destes quatro anos, a PMSC, para o mais distraídos: a Puta da Mania que Sabe Conduzir.

Esta enfermidade sobressai do meu sistema nos momentos em que me sento no lugar do morto e sou conduzida por outras pessoas, pessoas essas que o meu sistema me murmura ao ouvido, não fazem absolutamente nenhuma ideia do que é conduzir, que se vão espetar contra o próximo poste que aparecer e que nunca na vida fizeram uma inversão de marcha. Atenção que o bicho da PMSC não distingue o meu pai, que conduz à 50 anos, do meu sobrinho que conduz à 5 minutos. Todos eles não fazem ideia do que é o travão de mão e o ponto morto deles está mais vivo que nunca.

Peço desde já desculpas àqueles que têm o privilégio de me levar no banco vizinho e que me vêm a roer as unhas e a gritar “carro” cada vez que surge um veículo na outra faixa da auto-estrada. Eu sei que é doentio, eu sei que é irritante, mas juro-vos que não consigo evitar.

Eu própria, que tenho-me andado a estudar nos meus comportamentos mais aberrantes, encontrei a explicação para tal síndrome na minha falta de confiança no mundo mundial. Na verdade a falta de controlo no ambiente que me envolve e a possível coesão com um veículo não podendo eu fazer nada para evitar, deixa-me nervosa. Não é que eu não confie em vocês, não é dada disso. Bem…. na verdade não confio, não consigo confiar o volante a outra pessoa, e o lugar do morto tem realmente uma conotação muito…. hã… morta. Estar ali ao lado e não poder fazer absolutamente nada é realmente uma sensação de incapacidade incrível e é por isso que se eu não for a conduzir, prefiro claramente ir no banco de trás a dormitar e a não desesperar com os STOP que não posso respeitar!

Perdoem-me, uma vez mais, porque na maioria das vezes não sei o que faço e não controlo o que digo!

1 comentário:

  1. Tou contigo neste aspecto, axo k devemos tar smp atentos...por alguma razao se chama o lugar do morto... =P
    Vá, tenta nao enervar quem vai a conduzir! porta-te bem!
    E nao te eskeças de mim pelo caminho!
    beijo,
    Ecopista da Madrugada***

    ResponderEliminar