18 abril 2008

Pavões e outras galinhas que tais

Só gostava de saber quando e como é que começamos a ser os pavões. Só gostava de perceber o porquê de nesta espécie se ter trocado os papéis e a mulher é que tem que abrir a cauda para conquistar parceiros.
Isto não faz sentido, não devia ser assim. Não há mais nenhuma espécie em que seja a fêmea a executar os rituais de acasalamento (é possível que haja, mas convenientemente não me surge nenhuma). Basta deslocar-nos à discoteca mais próxima e apreciar os tipos de rituais que se processam. É notório os homens encostados ao balcão enquanto apreciam os desfiles de penas que se desenvolvem à sua volta. Os métodos de conquista são muitos diferentes na sua execução, mas muito semelhantes na pirosice. A roupa tem que ser pouca, apertada, brilhante e colorida. Esquece-se aqui todos os pneus que se tem e a respiração deixa de ser um factor relevante. Se vestes um 42, vais conseguir enfiar-te num 36 porque não vá o diabo tecê-la e alguém olhar-te a etiqueta. Ter um 4, que não pertença ao 34 é de certo vergonhoso e motivo de muito choro. Assim é comum assistir ao fenómeno de mulheres com os chamados tops e com a chamada pança a cumprimentar o mundo. Pessoas... não têm o sentido do ridículo? Não sentem a gravidade a atrair as vossas pegas sem dó nem piedade?
Também se pode apreciar o excesso nestas senhoras pavoas… excesso de maquilhagem, excesso de perfume, excesso de pouca roupa, excesso de falta de vergonha…. Tantos excessos (Eu sou aquele que te quer e mais ninguém Amor é só querer…) e tão pouca moderação.
As danças também são sempre executadas com muito excesso de movimentos. Podem surgir passos tão ridículos como o tão conhecido “The warm” ou o “sacode a caspa”, cuja função é mostrar não só muita originalidade como também que se está disposta a tudo. O abanar das ancas tem uma importância suprema, mesmo que estas tenham a largura de um petroleiro, seguído dos peitos que normalmente vão livres e saltitam como belas papoilas, com o notório objectivo de desviar a atenção das outras carnes que também dão ar da sua graça e claro que se há um seio que se escapa, a vergonha é totalmente usada como encubro da verdadeira intenção de mostrar os derivados de lacticínios que se possui.
Está provado que a mulher durante a ovulação está mais apta a passar por este tipo de ridículos, o que se poderá definir como o cio humano, sendo constante nos homens. Este cio situar-se-ia duas esquinas antes da tão conhecida “Bitch Fase”, na qual o melhor amigo da mulher é um balde de 5 kg de gelado, em que se chora porque o céu não está azul, em que os homens se tornam ainda mais insensíveis do que normalmente são, em que a necessidade de miminhos e a intolerância a qualquer tipo de tacto é uma contradição que transtorna até a cabeça mais saudável fazendo-nos chorar e em que a sensação que nos estamos a esvair em sangue e com o endométrio a desfazer-se, surpreendam-se, mas também nos faz chorar muito porque nos sentimos dói-dói.
A complexidade da mulher está na complexidade de hormonas que possui, está num corpo que não concorda com a cabeça que por sua vez não concorda com o coração. Então imaginem o que é viver num prédio em que um inquilino quer o elevador arranjado, o outro quer a caldeira o outro quer uma pintura nova e cada um usa o grito como argumento e cada um com mais força do que o outro, e o pobre condomínio não sabe a quem ouvir, não sabe quem tem razão, não sabe o que fazer e entra em colapso. Pois é assim meus amigos, a mulher é o condomínio com inquilinos do piorio e que se lembram de levantar a voz mais ainda enquanto se nos desfazem as vísceras.
Encontro uma explicação física e biológica para a Bitch que há em cada uma de nós. Mas realmente, a mulher ridícula que aceita mascarar-se, estar incómoda, sem respirar e fazer danças de acasalamento… essa não tem nem explicação biológica, nem está de acordo com a selecção natural. São os homens que têm que lutar por parceiras, vestir as plumas e dançar a Macarena, são eles que têm que nos conquistar e são eles que se têm que arriscar ou a levar uma cornada de outro macho ou a ser decapitado pela fêmea, é assim que o mundo devia funcionar.
Mulheres, não acedam a passar por este ridículo e tentar conquistar os homens, vocês têm que os ter na mão e não estar aos seus pés. Ponham os vossos olhos em mim (no fundo acho melhor que não o façam), são eles que andam aqui a rastejar e eu para conseguir caminhar tem que ser aos pontapés porque caem que nem tordos (mentirósaaaaa). Posso ainda não ter nenhum na mão, mas podem ter a certeza não hei-de estar aos pés de ninguém.
E se por acaso algum dia me virem com um top a espremer as carnes do amor e com mais pintura na cara que a Capela Sistina é motivo mais que suficiente para me acabarem com o sofrimento à pedrada, porque com certeza, não foi coisa boa o que comi.

1 comentário:

  1. :)))))))

    Tou tão cansada e enxaquetada que não consigo escrever mais do que estas palavras....Muito Bom!

    Bjs
    Gypsy

    ResponderEliminar