15 março 2008

Conselhos de beleza, por uma feia!

Recentemente alguém apelidou a minha vida de interessante. Apenas com esta frase podemos tirar algumas conclusões muito importantes...que há alguém que não tem absolutamente nada de interessante para fazer na vida que ouvir-me e que, além disso, não deve sair muito de casa para encontrar nas minhas palavras algum tipo de curiosidade!
Aquilo que penso, como muito dos que me conhecem já comprovaram, nem sempre faz muito sentido e consigo contradizer-me sempre que abro a boca. Eu por outro lado achei interessante ter encontrado alguém que me ache interessante.
Quando penso que já está tudo dito, que já me conhece mais que a minha mãe... vem alguma relevação... opinião....história.... cujo comentário é: "que engraçado". E a verdade é que me sinto estudada como um rato de laboratório e é bem possível que até já haja um etograma formado para a minha espécie, com direito a folhas de registo e tudo.
Não Magali (nome fictício, mas muito apropriado) .... não estou a criticar as noites em que se testa a sangria no sangue.... não.... muito pelo contrário! Estou a gostar bastante das minhas secções de psiquiatria, e enquanto neste momento oiço os meus colegas de casa a baterem contra a porta do quarto, provavelmente a experimentarem posições estranhas, eu já começo a apresentar alguns comportamentos estereotipados de bater contra a cabeça na parede e dizer "Lá lá lá" para abafar o som... isto significa que necessitarei de desabafar. Não, pensando bem preciso é de beber ou, muito mais provavelmente, de 3 Cabo Verdianos que pratiquem desporto!
Mas o que mais me faz ter vontade de dar lambadas nesta Magali é o seu síndrome do "tenho uma coisa para te dizer", "então diz", "digo-te depois"! Isto chateia. A sério que chateia! É essa e a do "queres dançar?", sabes bem o efeito que têm em mim.
Mas terei que dar o meu braço a torcer e agradecer-te pelo serões. A receita é sangria do Consum, um banco de jardim, chuva e um constante alheamento ao que nos rodeia. Não sei como, não sei que medicamento usaste, mas sinto que nestes meses conseguíste conhecer-me melhor que a maioria das pessoas em anos, e é muito boa a sensação. É seguramente com muito cuspo que te agradeço por tudo e espero um dia, não tão bem seguramente, (mas estou a aprender), poder fazer o mesmo por ti.
Continua a ser verdade que "não sei" é tudo o que sinto e que ainda acho que "Se disse que não à polaca, como é que me vai dizer que sim a mim?". Mas algumas coisas estão a mudar, e os chatos que por vezes temos na cabeça, são difíceis, mas podem-se eliminar... só preciso de mais alguns Cabo Verdianos.
E agora perguntam qual é o meu conselho de beleza?? Eu, que sou que nem uma flor, tão bela e amarela, digo-vos que se soubesse.... é que nem precisava de ser polaca!

2 comentários:

  1. Uma laringe inspirada

    Poderia dar utilidade aos 4 longos anos de Psicologia e, através de um termo bastante técnico dizer: Fooda-se! Mas não. Vou antes deixar os espasmos de lado e de me espumar, para apenas dizer: Obrigada. Isto, porque constato e sobretudo acredito que no meio das palavras soltas dessa laringe (que de vez em quando faz uns movimentos bruscos e assustam), no final de contas, existem ou escapam, vá lá, coisas a fugir para o bonito.

    Gostava muito de poder dizer aos leitores (teus amigos, que não são meus amigos e que logo, não teria de me preocupar em assumir coisas do género): “Não tenho nada de interessante para fazer na vida e sim, é verdade que não saio lá muito de casa… o que faz, portanto, que qualquer grunhido me soe extremamente interessante”. .…mmass…. “…não condeno essa paixão, essa mágoa nas… palavras…” (peço desculpa, é inevitável… consequências do contacto directo com a Dona, cujos danos psicológicos causados, temo não serem remediáveis… (Dona, nome fictício atribuído à tua pessoa, ou achas que és só tu que sabes dar nomes fictícios páa?) não posso dizer isto, vá-se lá saber, e um dia… puff, tal e qual como se fez o maldito Chocapic, ainda ficamos amigos e eu depois não vou conseguir conviver com esta confissão, ninguém no se perfeito juízo assume este tipo de coisas.
    Então, só me resta pensar (coisa que dói) e perguntar: Será que só EU vejo interesse nesta pessoa? Oiço vozes? E ocorre-me uma única e preocupante conclusão: Mau… estarei a chocar uma esquizofrenia??!!
    Aproveito também para deixar aqui um alerta aos leitores (a roçar o instinto maternal que não possuo): O meu avô, um belo dia, foi ao otorrinolaringologista e… “…eláaa!!! Que é isto?! Uma bola de um terço??!!” (Achei por bem contar este breve acontecimento familiar).
    O teu texto saído da laringe despertou-me também duas perguntas:
    Primeira: Estarei sujeita a um par de lambadas caso queira continuar a ter o privilégio de fazer focais a esta pessoa?
    E segunda, mas não menos importante: Qual é a época das melancias? Tenho que perguntar à minha mãe.
    Acreditem que, manter este “rato de laboratório” na gaiola não é tarefa fácil. Sempre que quer, arquitecta fugas pela entrada do bebedouro, conhece bem para que sentido deve girar a rodinha e acaba sempre por armazenar comida sem precisar de o fazer.
    Pois bem, Dona, o etograma ainda precisa de mais informação, são poucos os dados nas minhas folhas de registo, mas, sendo eu uma pessoa com uma estupidez inata e extremamente inconsciente face ao perigo, estou disposta a acatar com… vá… uma ou outra lambada (mesmo que sejam dadas com as costas das mãos).

    Ui! É a primeira vez que escrevo num blog! Será que vou ficar a arrotar a blog o resto do dia? Pelo sim, pelo não... vou comer uma cachinha de melancia… “não vá o diabo tecê-las…”

    "Magali"

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  2. olá, primeiro começo por dizer que realmente apesar de silenciosa sou uma leitura assidua deste blog e nada me animou mais do que ver que puseste aqui uma coisinha nova! Assim assumo perante qualquer pessoa que leia este blog, seja ela um amigo, um conhecido, um desconhecido ou um inimigo proximo que sim, a minha vida é ridiculamente parva, e que os meus serões repletos de vida social se restringem à companhia dos meus ratos e ao seu baralho irritante, ao jorge gabriel a tentar dar dinheiro a pessoas que nem sequer conhecem o proverbio "como um burro a olhar para um palácio", ao meu portatil nas pernas a ler alguns blogs dos quais sou assidua e pouco mais que isso... Portanto... decidi assumir me!
    (muitas pessoas esperariam o momento em que eu diria: "sou bissexual", mas nao!)
    Quanto ao título do post sinceramente pensei que tal fosse falar do bem que faz aturar uma bêbada a chocar contra carros estacionados, batatas fritas com maionese e ketchup às tantas da manha ou do bem que um filme de terror pode fazer à pele... mas não! Nem sequer fala de directas a estudar mat I, com uma excelente companhia de estudo (a dormir na cama ao lado... mas ao menos nao estava a fazer barulho).
    Quanto à tua linguagem! PAH encontrei alguem como eu! que fala em folhas de registo, e etogramas e cenas assim etológicas!! LOL

    Quanto a isso da tua vida nao ser interessante... klaro que é!E o facto de surpreenderes sempre as pessoas é positivo e muito bom! e tu devias saber melhor que ninguém que és uma optima companhia! Se tu gostas dela porque nao hao os outros de gostar tambem de uma alma tao pura quanto malefica, que faz o sol brilhar so com um sorriso (ui esta foi linda)!!!

    E quanto a seres estudada... nao preciso de estudar te eu sei que o que tu precisas é de beijinhos!!! :P

    Beijos beijos
    P.S. ah nao assino mas parece me que darás conta de quem sou... mas por outro lado como nem sempre és uma miuda prespicaz, e acabamos por "entrar na saida errada" pois entao vamos chamar me Adriana (nome ficticio klaro)

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