07 setembro 2008

Where is the love?

Das coisas que mais odeio é que me digam que vou encontrar o amor quando menos o esperar.

Ora como é que se explica a alguém que não come à coisa de 69 dias, que lhes cairá um prato de enchidos em cima se pararem de pensar no assunto?

É fisicamente inevitável e tal como o senhor que não come já lá vão 2 meses, só deixarei de pensar nisso quando a decomposição passar a ser o tema do dia.

Sabem o que se diz, quando desaparece alguma coisa e esta aparece noutro sítio qualquer sem sentido nenhum, como por exemplo, um sabonete no lugar dos tampões, que isto é coisa de gnomos?

Pois bem, começo a pensar que poderá ter sido algo do género o que aconteceu com o meu amor.

Explico:

Tinha eu os meus ternos 14, quando súbita e “húmidamente” me esvaí em sangue pela primeira vez. Aí, os rapazes deixaram de ser repugnantes para passarem a ser atractivamente repugnantes. O elástico deixou de ser tão divertido e as partes baixas do Ken levaram a um diferente tipo de interesse.

Surgiu então a minha primeira grande paixão, João Coragem e o seu cavalo Trovão, o mais corajoso dos irmãos coragem, sendo para o todo o sempre e mais além, o homem da minha vida.

Depois disto, e numa revolução extraordinária, as mulheres passaram a ter um papel mais relevante que os dito cujos de salada a badalar. Não… não ponham essas vossas mentes excepcionalmente torpes a trabalhar e leiam primeiro antes sequer de vomitar qualquer tipo de comentário…vá lá… estúpido.

Comecei a admirar as Spice Girls, o power feminino, queimar sutiãs e senhoras que fazem halterofilismo de tranças. Iniciou-se então toda uma crendice em como os homens não merecem o ar que respiram e que não têm qualquer utilidade que não seja a do saco de pancada. Fiquei a acreditar piamente que nos vêm como objectos sexuais e que têm nula capacidade de sentir, que se riem dos nossos defeitos e nos mentem nas qualidades.

Apesar do tempo ter passado estanquei nessa opinião, estagnei no pessimismo e na incredibilidade e até hoje ninguém me provou que estou errada, muito pelo contrário, todos os dias há um novo argumento que me fortalece as crenças.

E então comecei a perguntar-me o porquê de toda a gente ser optimista e acreditar, o porquê das pessoas confiarem e envolverem-se nesse assunto tão dado a fluidos, enquanto eu continuo a crer que os homens não valem absolutamente nada e queimo sutiãs para provar que estou convicta.

Criei então uma teoria do porquê deste meu estado incrédulo, e está, como imaginam, relacionado com a história dos sabonetes e dos gnomos.

O que provavelmente aconteceu depois do episódio do João Coragem, é que um filho da puta dum cabrão dum gnomo tenha achado boa ideia levar o amor que eu tinha no coração para trocar… sei lá…pela azia, por exemplo. Mas como em tudo na minha vida, tive azar com o ignóbil gnomo e calhou-me um atrasado de primeira.

Eu concordo em oferecer postos de trabalho a pessoas e criaturas mágicas menos habilitadas, mas… não lhe podiam ter dado um posto de menor importância como trocar a pomada das hemorróidas pela pasta dentífrica? Com certeza seria muito menos prejudicial…

Esse tal gnomo das repartições públicas, deve ter perdido o amor pelo caminho quando tropeçou nos próprios pés e assim, lá se foi o sentimento a rebolar pela grama mágica enquanto que a azia ficou a substituir para todo o sempre o que sinto por homens interessantes.

E esta então a minha sina, é este o meu Karma e é isto que ganho por empregar seres mágicos que sofreram privação social…

2 comentários:

  1. Só para não dizeres que não comento :P

    Beijos
    G

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  2. ora bem,
    e diz ela que não anda inspirada. olha que não me importava nada de não estar inspirada e escrever coisas sobre gnomos. nunca me deu para reflectir sobre esses seres, pode ser que o comece a fazer agora.já fazias um conto sobre isto,já.
    E quanto às tardes da Júlia, nem sabeso que perdes,mas eu cá digo-te, porque sou boa pessoa: otites.

    mariazinha

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