17 março 2007

Há coisas que não são normais...

Eu sou uma delas...Perguntou-me, ao ler o meu "querido diário", como é que ainda ninguém me encarcerou em algum lado longe da civilização?! Sejamos sinceros, tanta alma inocente a sofrer desmedidamente e eu aqui, a escrever e a dizer aquilo que me apetece?! Oh senhores, ao ler as minhas mais sinceras e puras dissertações pude constatar o elevado grau da minha insanidade! É por isso que acho que prefiro não reler aquilo que escrevo, ás vezes deparo-me com grandes obras literárias sobre as profundezas humanas, mas na maioria das vezes, pode-se dizer, aquilo que escrevo é uma autêntica bosta! Às vezes rio-me com tanta parvoíce, mas na maior parte das vezes choro com tanta idiotice... de qualquer maneira guardo todos os meus "queridos diários" desde os longínquos 10 anos de idade até aos dias de hoje. Pode-se dizer que mudou muita coisa, já não descrevo o meu dia com frases do género "hoje acordei às 10h da manhã e comi um iogurte", que a bem dizer é o que se deve escrever num diário, afinal as crianças têm sempre razão. Agora escrevo muito esporadicamente, quando a alma o pede, já não poderá ser chamado de diário, hum.... Talvez "querida menstruação", como é mensal e nem sempre é regular. (mas que piada de merda, cada vez mais acho que não mereço o ar que respiro… vou cortar os calcanhares e já volto!) Já não começo a escrever com o célebre "Meu querido diário" e sempre educada perguntava "Como estás? Eu estou mais ou menos, obrigado. Hoje …." Espero que esta de perguntar ao diário como ele estava seja comum a todas as crianças e que neste momento se estejam a rever nesta história, se não pode-se começar a antever quando surgiram os meus problemas, digamos, psicológicos. Agora o meu caderninho de miúda de 14 anos com a pita aos saltos já tem nome e tudo, chama-se Beringela, realmente já não pergunto como ele está, penso que seja o egoísmo adulto a falar, mas ainda continuo a escrever como se realmente alguém estivesse a ler e até já fiz grandes dissertações de como seria a vida dum diário, mas essa creio ser a prova viva da loucura e não a vou fornecer com tanta facilidade.
Para vos dar ideia do que estou a falar vou-vos deixar um excerto do texto que escrevi aquando da minha aventura no aeroporto de Milão que começava mais ou menos com "Eh lá! – Dizes tu – Em Milão?! Grande pinta! " (e passo a explicar, porque no inicio de cada texto tenho sempre local, data e hora, assim parti do principio que o Beringela se iria admirar por estar em Milão - doente!) "É pá nem me digas nada, tou aqui tou a explodir esta merda toda, só me apetece desatar aos gritos e correr pelo aeroporto com cartazes "Milão é cagão", AHHHHHHHHHHH".
Pessoa saudável eu?? err.......


Aqui está a prova...

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